“Vou criar meu próprio Trading Card Game, com minhas regras. Serei campeão dos torneios e o melhor do ranking. Brincadeirinha, pois nem assim eu consegui” 🙁
O verdadeiro motivo foi reduzir a carga de fantasia que infantiliza os TCGs. Propósito21 vem com apelo realístico focado na criação de futuros imaginários.
O que é Propósito21
Antes de mais nada, Propósito21 é um jogo de cartas colecionáveis e evolutivas, conhecido pela sigla P21.
Ou seja, um jogo de estratégia no qual os participantes criam baralhos de jogo personalizados, combinando estrategicamente suas cartas à seus objetivos e propósitos reais de vida.
Além disso, P21 TCG apresenta ao mundo o conceito moderno de cartas colecionáveis que produzem evolução (evolutivas), inspirado na mecânica mesclada e facilitada de jogos como, Magic: The Gathering, Pokémon TCG e Yu-Gi-Oh! TCG.
A origem do TCG Propósito21
Amante de RPG em cartas, eu – Michael Alexsander – comecei aos 12 anos de idade a jogar Magic: The Gathering, no ano de 1996. Um ano após o jogo ter chegado ao Brasil (1995) e três anos após o jogo ser criado (1993).
Como já era de se esperar, o hobby foi abandonado dois anos depois, visto que o valor investido estava fora do meu orçamento.
Mais de 100% da minha mesada, acrescido de seguidos pedidos de verba extra aos meus pais, ainda estendendo os pedidos de dinheiro aos meus avós e padrinhos, não foram o suficiente para manter um deck competitivo.
Além disso, nem mesmo a troca de cards que rolava entre os amigos foi capaz de manter um deck minimamente atualizado.
Novo investimento em Magic: The Gathering
Anos depois, já economicamente independente dos pais, aos 20 anos, voltei a me entregar ao hobby. Nessa época acumulei caixas gigantes de cartas. Elas ocupavam dois lados inteiros do maleiro no guarda roupas.
Mesmo de posse de diversos cards raros e vários decks caros, algo me incomodava.
Não eram apenas as seguidas derrotas consecutivas – a propósito – porque eu sempre joguei muito mal. Ainda existia algo que me desagradava profundamente no jogo, mas não identifiquei imediatamente.
Yu-Gi-Oh! TCG ou Pokémon TCG
Decidi então partir para outros Trading Card Games, tentei Yu-Gi-Oh! TCG.
Assim como anteriormente, o fracasso se repetiu, seguidas derrotas consecutivas, eliminações em fase de classificação nos torneios, baixa posição nos rankings… E, aquela mesma insatisfação, não identificada, persistia. Foi a vez de tentar a terceira e última opção, o Pokémon TCG. Como já esperado, não gostei e a mesma insatisfação aumentava.
Já decidido a não testar nenhum outro Card Game, quase voltando ao Magic, já que havia sido o mais agradável dentre os jogados, tive uma brilhante ideia.
Vou criar meu próprio Trading Card Game
Brilhante nada, rsrs… Qualquer louco teria a mesma ideia antes de se entregar ao menos pior.
Assim foi criado o Propósito21 TCG. O objetivo era ser campeão de torneios, para ser o melhor do ranking. Existiam grandes chances disso acontecer, já que eu seria o criador das regras. Será que aconteceu?
“Cara, eu era tão ruim, que não consegui vencer um torneio do meu próprio TCG. Eu criei as regras, a mecânica, os cards… e ainda assim, perdia várias partidas.”
A jornada foi longa, anos foram investidos na criação do MVP (Minimum Viable Product).
Eu deveria ter lido o livro de Eric Ries – The Lean Startup – antes de encarar essa empreitada. Foram três anos de criação, focando tempo e energia demais no lançamento do produto inicial. Perdi muito tempo e dinheiro criando um Card Game que o público alvo classificou como “Fraca cópia de Magic, repetitivo”.
Quero que gravem a palavra “repetitivo”. A energia – entenda como tempo e dinheiro – estavam nesse momento, esgotados.
Um tempo para a recuperação foi necessário. Alguns meses depois retomei o projeto, dessa vez instruído com a metodologia Lean Startup. O primeiro MVP após o retorno foi focado em testar a mecânica do jogo, que inclusive, foi toda modificada.
Não somos mais uma cópia de Magic
Conseguimos resolver? Não! Chorei com o resultado pós teste de aceitação do mercado.
O retorno do público alvo foi: “Fraca cópia de outros TCGs, repetitivo”. Dessa vez ainda tínhamos uma vantagem, a energia não foi esgotada. Partimos imediatamente para a análise das informações coletadas nos testes.
Descobrimos um padrão de insatisfação recorrente do público alvo: A alta carga de fantasia que infantiliza o produto. Isso se repetia em todos os TCGs populares. Estava claro, agora, o que era “repetitivo”. O DNA das histórias e dos personagens de outros mundos. A mecânica poderia ser a mesma de Magic, o público não reclamou por isso.
Descobri minha insatisfação em jogar Magic, Yu-Gi-Oh! e Pokémon TCG
Demorou anos, mais de uma década, para eu perceber qual era aquela característica dos TCGs populares que me incomodava profundamente: O excesso de monstros e a falta de humanos.
Voltamos com a mecânica de Magic, tornando-a mais fácil e moderna. E aprendemos então, a maior característica que Propósito21 TCG carrega até hoje em seu DNA: O apelo realístico com foco na criação de futuros imaginários.
Vale ressaltar que os três TCGs populares supracitados são jogos fantasiosos, que introduzem Monstros, Elfos, Duendes e Super Heróis nas histórias. Já Propósito21 é um simulador de realidade futura, com grande carga educacional e preparação para a vida.
Essa história não acaba aqui, fui criticado por desenvolver um TCG sem que a história transcorresse num mundo fantasioso. Veja aqui minha resposta aos críticos!
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